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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Obscuro que Desatina

As rosas descem do céu
Em orgasmos crescentes como o divino
Entre pontos de nuvens alvas, me desatino
Só pelo pesar em ter todas as pétalas longe do horizonte

O amor sobe pelas pernas rasgando as almas
Se embranha na espinha da virgem a deitando
A molhando, a suando, a assoitando
Pelo um olhar distante do que é verdade

Mas o que possa ser verdade, às vezes ludibria
Os olhos, as almas até o próprio divino inabalado
Por nada e nem uma rosa naufragada em refúgios sombrios
Que nem alma mais cândida há de descobrir

Mas o imaculado domina o amor divino
Porém desconhece o amor que enlouquece, que ama a noite
Esse amor que é verdade, que é o maior pecado humano
Mesmo o pecado sendo dos céus
Porém esse amor falso, é o mais abominável do homem
O amor dito, mas não um amor sentido na carne da alma

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