quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Noite e Dia
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Favos de Amor
Para quem eram seus ouvidos, tão surdos
Suas imagens desbotadas, derramavam sobre a tristeza
Esboços de alegria
Seu espelho, sua vertigem, o seu medo
A sua forma de me carregar em pesadelos tão sãs
A leveza de plantar a ternura sob suas mãos
Apaziguando meus pensamentos
Inebriando meus anseios
De seus frios orifícios escorriam a pureza. Exalando luxúria
A usúra de amor, tão tola, que acariciavam seus olhos
Enganava minha visão
Todavia, eram seus olhos
Que nos ouvia, chorando as poesias
Derramadas pelo chão
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Onde as maõs não tocam
Para onde se foi?
E onde estará?
Quem me dirá?
Eu não posso enxergar...
A agonia me engole pelos olhos
Meus olhos salivam igual as bocas
Minha boca lacrimeja feito os olhos
Minha palma segura alma pela cabeça
Que se debate com os pés sobre saudade
Saudade que não define outro rumo
Mas cada caminho define sua saudade
Ela só se rende aos olhos amados
Que juntos a degolam e a ilude
E quem não está mais nos olhando
Com que olhos os enxergaremos?
Pois uma saudade viva é fácil de matar
Mas a saudade morta é impossível de abraçar
Os Sorrisos Avoaram
Na calmaria da chuva
Tão acalmada e triste
Na solidão da lua
A lágrima calada se aflige
Na clareza das ruas
Pungente e vazia
Nos ombros fraternos
A eterna poesia
Sempre sincera, com toda esmera
Nas bocas mais amadas
Sempre me abraçando com palavras
Como se fosse em um caminho sobre às relvas
Cultivando as mesmas poesias, colhendo sinceras alegrias
E avoando todos os sorrisos, avoava...
E sentindo todos os amores, amores certos, enfim...
Não fazia questão de mais nada
Apenas sorrisos avoando para mim
sábado, 13 de agosto de 2011
Poema da Lua
A beleza plena da paz
Me perpetua a vontade
De abraçá-la, acarinha-la...
Não peço mais nada
Só que me inebrie no infinito
Por mais que esteja no espaço
Sinto seu perfume me iludir
Sua vontade, por mais que beire a loucura, é fatal
Ela se tornará estrelas
Sua perfeição inerte
Magia veemente aos meus olhos
Eu aqui tão longe de ti
Chorando a espera de uma cadende, caída
Que atenta me desfaça sobre sua imensidão do firmamento
Pois sua alegria é imóvel
É o sublime sentimento
Não necessita de sorriso
Só me basta encantamento
Pois em sua face estão todos os sorrisos e a beleza
Eternos e distantes do entendimento da tristeza
Acaso
É vazio, porém coeso a imensião infinda de amor
Falta esse amor, essa paixão, que se torna loucura
Falta a beleza de um sorriso pela manhã
Tateando meus anseios, inebriando minhas lágrimas
Circundando minha alma, alimentando meus póros
Falta mais ternura nas entrelinhas do coração
Falta mais arroz com feijão, no prato diário
Ele está cada vez mais variável, mais pálido
Se mantém rico e igualmente pobre
Falta mais base às construções futuras
Falta aquela lua mais volúpia, mais circular aos meus olhos
Vista de lado a lado na noite, indo além do sol
Além do mar, além dos versos
Falta mais orvalho sobre as rosas
Falta mais cumplicidade às palavras e aos gestos
Mais exatidão aos pensamentos, mais vivência aos sábios
E juventude aos jovens
Falta mais suor ao final dos dias
Falta a mão amiga ao ombro certo
E a calma na hora exata e um beijo de boca aberta
Falta mais saliva aos amados, e sexo aos infiéis
Falta mais carícia aos fraternais
Falta um amor para se amar
Esse que me acorda durante a noite, só de sonhar
Que me estremece só de pensar
Falta mais cor no arco-íris do olhar
Faltam vôos até o infinito, aquele que não se alcança com os pés
E sim com as almas, porém faltam almas...Hoje só vejo escudos
Falta mais um colírio para clarear tuas respostas
Faltam mais dedos entre dedos e sob dedos
Falta mais uma, àquela... Ela
Atrás de uma porta chamada sentimento
Que falta me faz, a falta dela
Rimas para o Próximo
Avisto os pés da alvorada
Caminha eterna para o norte
A sombra dela é minha sorte
Aos meus ares toda a trama
Danço o canto sobre o drama
Vôou num mar de olhos verdes
Bem criados olhos estes
É rodando sobre o verso
Que eu alegre me disperso
Escrevendo rimas sobre a lua
Sinto o aroma de alma nua
As estrelas me acompanham
Passada após passada
Os poemas me entranham
A amizade se torna amada
E cansado eu adormeço
A felicidade me enobrece
Essa vida é só o começo
Amar o outro me amanhece