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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Onde as maõs não tocam

Para onde se foi?

E onde estará?

Quem me dirá?

Eu não posso enxergar...

A agonia me engole pelos olhos

Meus olhos salivam igual as bocas

Minha boca lacrimeja feito os olhos

Minha palma segura alma pela cabeça

Que se debate com os pés sobre saudade

Saudade que não define outro rumo

Mas cada caminho define sua saudade

Ela só se rende aos olhos amados

Que juntos a degolam e a ilude

E quem não está mais nos olhando

Com que olhos os enxergaremos?

Pois uma saudade viva é fácil de matar

Mas a saudade morta é impossível de abraçar

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