Páginas

terça-feira, 26 de julho de 2011

Lágrima de Vento

Se via durante a noite
O poente eram os meus olhos
Minha face se despia
Tua boca balbuciava melancolia
Os uivos, se ouviam, trazidos pelos ventos da agonia
Eram termais, assombrosos e em luto planavam
Sobre as cabeças de angelicais e amorosos
Rastejando sobre o tapete de rélva
As marcas eram únicas, eram vivas
No rosto da mulher divina, elas afloravam
Conforme a madrugada à abraçava
O tempo se fazia inóspito, era tarde
Era longe, era hoje, eram lágrimas
Que não mais caiam sob olhos e sim sobre passos
Que rachavam as sombras que se faziam
Fria, em uma noite tórrida de sentimento
E assim chegando o amanhacer, minha alma
Cada vez mais anoitecia, em uma ilusão amada
A infelicidade me tomava, não sentia mais nenhuma dor
O apego era feito a qualquer poeira de amor
Minha voz era simples, era só paixão
Porém, no final das minhas sombras
Qualquer poeira se tornava coração

Nenhum comentário: