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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pobre Alegria


Se alegria não está lembrada
Eu sorrio pra lembrar
De uma vida repentina
Que eu insisti em me afastar
Eram ventos que assopravam
Para a alma não voltar
E tão pouca a minha vida
Que assombrada se fez vivida
E tão pouco, era sabida
Dos amores que deixei
Meus amores tão ausentes
Que nas bocas tropecei
O que tinha, era pó
Do laço repentino
Triste, virei nó
Que nem a pobre vida
Se preocupou em desatar
Da minha pele, tinha dó
Dó das veias, dos remorços
De minha própria teia
Dos que não tinham mais
Dava frio aos pobres
E lhe tomava o cobertor
Porque frio maior sentia eu
Sem alma, e tão vazio
Ao lado seu.

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