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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Recado Póstumo


Acordei com alguém me carregando perto do chão
Tive assobios, ideias póstumas
Meus olhos, já eram olhos tão recentes aos meus
que por mais pensamentos que tinham, só enxergavam estrelas
Não via matéria exata, para mim o que está certo não se entende
Ser invisível faz do sentimento a inexata
forma de buscar morada
Continuo perto do chão, escrevendo o medo dos bichos
Sou distante do espaço, o que me cabe não existe
Respiro saliva do ar, que nesse ar já não pertence
Ficar aqui, a flutuar sobre as pedras
É conversar com o ontem, sabendo o que haverá pela manhã.

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