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domingo, 18 de janeiro de 2015

Os Pés e o Chão

Termino sempre minhas palavras
sem um ponto, pois nada acaba
A terra vem à terra como poesia
Quem nela está; é escritor humano
Ser Humano!
Que por mais quadrúpede, humano e irreal que seja
Pensa e descarta seu sentimento em forma
de aldeia
A cada lugar um amor permanece, como
flor, ou pomar de areia
Sem pólen, nem árvore a respirar
O que sentimos não existe
em forma exata
Somos labirintos sem chaves, poetas de rostos
em formas de ave
Cair calado, é amanhecer pairando
sobre uma paisagem já feita
Recriar uma ponte sobre um abismo
intransponível,
Abismo esse, de distância maior do que
a falta de nós mesmos.

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