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terça-feira, 26 de abril de 2011

Adeus

Essa vida que se afoga
Que se alastra por seus caminhos
É arredia, é arisca, é sobra de vida
Pois só a caminha, quem já foi caminhado

Despeço-me das dores, pois elas já não valem mais apena
Despeço-me do beijo, porque ele não está mais entre nós
Despeço-me da carne, já que essa se solidificou
Despeço-me do chão , pois este ja se sucumbiu

A nuvem que abre em um céu noturno
É mágica e pura forma do coração
Numa escuridão de rancor
Abrindo-se numa imensidão

E assim termino minhas despedidas...
Despeço-me do ventre, pois este já está sujo como o dia
Despeço-me da luz, já que essa só apaga minha alma
Despeço-me da morte, porque até ela já morreu
Despeço-me do coração, já que este não bate mais dentro do peito

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