Páginas

domingo, 26 de junho de 2011

O Tempo

Dentre as mil e uma variações do tempo
Cada um detém a sua
É um trezentos e sessenta na roda da vida
É aquele que determina quando chegar e aonde ir
É o que brota as estações e as emoções dentro de nós
Nos evita cair em sensações contínuas e prostrantes
É sinuoso e linear conforme sua manhã
Porém, sempre se mantém o mesmo para todos
O tempo que demora uma folha cair ao chão, será o mesmo do beijo à próxima boca
É leve e distante do horizonte e tão perto do longe passado
Gira a cada passo e compasso e vira retrógrado conforme o espaço
O cronômetro da vida que regula das noites, às auroras é vil e suado
Retém as mais fortes paixões em um segundo delirado
Vira e revira, horas, minutos, segundos... Até milésimos
Leva e traz amores conforme sua vontade, ficamos à sua mercê
Em um ritual permanente e pasmo dia-a-dia
Em vão, torna-se a luta contrária
Pois ele se mantém operante e inócuo, para quem o segue constante
Sem erro, sem atraso e com vida eterna
Nos carrega em uma brisa sem fim, leve e silenciosa
Apenas nos controla quando quer
E nós achamos que o controlamos. Inútil.
Às vezes transparece ser rápido e outras segue seu marasmo
Até o final do dia e começo da noite
E para sempre e até o final presente em nossas mãos
O tempo se torna nosso parceiro, fiel e justo
Numa linha corrente, caída no chão

2 comentários:

Gabi Holanda disse...

Parabéns mais uma vez!! linda a poesia! :)

Marcos Pontes disse...

Vlww queridaa! =)