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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Nascimento


Uma ignorante alma
Que dizia para onde iríamos
Porque nos vemos
E o que não sabemos
Um volumoso olhar
Que ouvia meus anseios
Me lavava em seus seios
E me fazia ir embora, em total nostalgia
Deixando para lá, meus olhos tão amados
Imagens obscuras pela conveniência da alegria
Onde suas faces a mutavam, mas meus olhos continuavam iguais
Febris com tanta luxúria, minha calma e alva pele
Se desfazia em borbotões lacrimais
Meu céu era o horizonte inabalado
E meu chão o espaço inalcançado
Eram veias e vertentes oblíquas conforme o tempo
Eram luas derradeiras após as luas passageiras
Luas tão companheiras que se deitavam no meu colo, à beira-mar
Das estrelas tão decadentes, até vidas cadentes, o meu ser, era seu alvo
Do amor cuspido e escarrado dos sonhos inféis dos "castos"
Minhas obras desciam pelos pêlos, até a ponta de meus dedos
Os surrando de uma tal forma hipotérmica, e jamais lépida
Jamais viria vida de uma outra forma, a não ser com os mesmos olhos
Que um dia olhou aquela lua tão altiva
Mas os olhos ainda estavam lá, mas a fase era uma constante fantasia
Mutante de seu próprio sentimento

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