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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Passado do Amanhã

Disfarço-me de hoje, para iludir o amanhã
O que seria da lua futura, sem a aurora passada
A noite, que desbotada se faz ausente
Polia as estrelas, que presentes se faziam acesas
Em chamas nitentes e altivas... Sementes da sombra
Volta para o além da felicidade
Promulgue o que é eterno, cultue o que será desfeito
Promova a fusão dos corpos, que quentes, se alteiam
Julgue o amor próprio, ilumine o eclipse ocular
Tão visto nos dias que passam...
São nos ventos da tarde, que a vida se ilude
Um leve sopro, no canto do ouvido, carrega seu aroma nos ombros da lua
Passando por olfatos desertos de prazer
A carne que exala lúxuria durante a manhã
Pode ser a mesma que transparece ternura na noite
O poema que lido uma vez e não entendido
Pode ser a vida sem volta do amanhã

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