Brevemente, sem lágrimas
Chorando enjaulado pelas asas
Do passado, instante aparente
Uma conversa sem degraus
Atrás da moita, me puxando os tapetes
Vai, volta, me arrasta, me envolta
Em infelizes... Abstrai o coração
Derrama alma pelo chão
Derrama o ventre, sem perdão
Sua retina, o meu palco capataz
Açoitando meu apelos
Me devendo toda paz
E roçando em meus pêlos
Quem diria, que seu cais
Jamais, exposto, abraçaria um novo amor
Chegando em mares revoltos, de cabelos e encostos
No bailar de ondas, aos meus pés
Admirando o "nunca mais"
Imóveis, e sem face... Deguste o que é veneno
Engula o que o faz pequeno
Me mostre seu suspiro nômade
Sua pele inerente, sua voz inconseqüente
A flor de seus anseios, a romaria de seus passos
E seus leves abraços, ensuando aos meus
E dizendo: Se eu volto, não serei o adeus
Que ficou nos olhos e nas mãos de quem restou.
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