Páginas

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Era...

Eis que somos, o que éramos
E estamos, aonde estavam
Eram sombras, por trás dos corpos
E as estrelas, por trás da nuvens
Que brilham, nitentes, flutuando solidão
E aquelas, que eram do mar, aquelas que eram para amar
Ainda ouço, o soluço dos pensamentos
A timidez dos sentimentos, a lágrima que jorra no escuro
E escorrega para a porta, naufragando grinalda
Afrouxando à aliança, nos solos marcados
Nos rostos passados
E os que brilham eternidade, nos seus olhos o pra sempre
E suas mão o porvir, sem ir, tornando-se hoje
E nas nuas, divínas, no céu claustro
No seu peito, em sua boca
Fazendo rodas, e a ternura exalando
A lúxura ilumando, na nuca árdoa, derradeira deste chão
Porque ele é homem, lhe segura pelos pés
Porém és foice, te corta pela alma.

Nenhum comentário: