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domingo, 13 de maio de 2012

A Galeria e o Vento


Andando-me. Me encontro
Embranho, me recuso
Infâme ao risos, ao gestos, as dores
A tristeza de ouvir os passos, se esvaindo, alternando, Deus:
Como pôde, correr sem braços...
Me galgue, em descasos..
Quem se diz mudo, fala o que tiver negando, na mudez da alma
Se fizeste cego, pois não enxergues o queres, o que tiveres, o que desejas
O mesmo, vindo e indo, se pondo em contraponto, sabendo quem eu sou
Negando e exalando a pureza, que não engana mais, que não exibe mais, que não rima mais
Assombradando os sorrisos, as mostras do que cativo, me detesto
Como amor, como rosa, como cravo
Em colírio faço a prova de que sou hermético, maldito, nefasto
Clareio a solidão, não me engano de alegria, se sou feliz, sou aquilo e nada mais
Se sou distante, mistério, fantasia... Sou tão triste, que por mais, não sou calar
Minha voz dispara aos ventos, me diziam, sou pensamentos
E obra, das noites frias... Está aqui, com um pouco de lágrima ao coração
Errei de veia, errei de dia, me enfeitei de noite e sou a poça do amanhã.

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