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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Homem de Barro


Viam-se a luz, no dorso da lua
Nascia, brilhante, o ventre da alma
Celeste, reluzia nas mãos, a carne
Negra, voraz, em ambar... Eterna
Dizia: sou feito a poeira, carrego comigo o resto dos homens
Me moldo das lágrimas, sou o que sobrou dos anjos
Não me vejo, sou o próprio espelho da consolação
Me visto de cravo, para enganar rosa
Sou a nuvem dos astros, me deito sem lugar onde cair
Me encontro na roda viva
Danço em pétalas, sou a pétala da solidão
Sou de novo, o homem que se foi
Mas fico aqui, é só casca, vestindo seu peito de emoção
E na canção, me faço, resnaço
Sou apenas sentimento, dentro do seu coração.

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