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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Tarde de Dezembro

Há de se convir, que os pensamentos não se concluem
Que as palavras falham, as notícias escorrem
E o velhos se tornam crianças
De tanto acharmos a verdade, acabamos ficando com a mentira
E sozinho; com ela apenas
De toda felicidade incoerente, basta a vida
Sonhar, como uma ave venérea
Sem fôlego, sem paisagem
Anoitecer, como um berço inerte e com pai e mãe à disposição
Derramar num solo profundo, tudo que for próspero e findo
Porque de infinto basta nós
Dizer que a loucura te deixou para trás, é tolice
É ruir a humanidade, imaginar que as pegadas são apagadas
Há de ter reticências, de ter continuação
Porque não vivemos para acabar, o medo da morte é insípido ao lado do pós morte
Não detenhamos a verdade, progredir é digno, é de ser eterno
Andar descalço, em estrada esburacada, é o melhor modo de sentir a vida
Cheia de curvas, como corpo de mulher
Porém cheia de percalços e buracos, como corpo celeste

Morte é apenas o que você diz, escutar e vida...
Há de se entender o que não foi entendido
As entrelinhas, são as margens da sabedoria
Entrar a fundo, de cabeça, num poço sem destino
Sem vontade de voltar... É para isso que estamos aqui
Apenas como corpo celeste, apenas como alma da terra.

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