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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Mirante

De uma poça de ar caiam os abismos
Era tão infinito quanto as flores
Habitavam a terra com auroras
Habitavam a vida de amores
Em seus olhos não havia espaço,
o oco era como o tempo, a sombra do espaço
inalcançável
Sempre que se ouvia falar, mesmo sem lembranças
a água se mexia, sentia o sentimento tanger
As voltas eram o que havia, o que tinha certeza de ser
Sem volta a certeza não completa
Torna vão o que antes era viver
Três crianças debruçaram no mirante infinito
Lá gritaram para o vento, e sem saber sentiram as vozes retornarem
em seus rostos palpáveis de estrelas,
sorriram
Fez-se ali água pousar
Mesmo sem verdade, o tempo aceitou sem dizer sim.

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