Páginas

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Remanso

Fui-me cada vez mais longe
Tanto de mim, quanto da vida
Tinha todas as mãos da terra, 
as sementes palmilhadas do avesso
As fontes da certeza; incerteza
Cada pedra em meu caminho, era uma pedra sem caminho
Cada destino que se curvava, não tinha medo,
era ontem, e como ontem... Não tinha história
Fiz do fim do mar, o inicio da chegada,
o que aprendi comigo, é ter em cada horizonte uma nova morada
Pois não se sabe onde a vida termina, e nem se começa outra vez
Toda pele que me cobre, mesmo fria
faz parte da matéria do céu
E se voa, é porque do labirinto escapou
Não prende mais sonhos, já descobriu em que infinito está.

Nenhum comentário: