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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Faces

Existe... Porém, não mais, persiste
Longe, desde homem, até hoje. Fosse Silva e talvez Maria
De todas, a mulher, Maria! Caminha...
Boba, mágica, o "haver" do querer, e talvez ficar
Passageiro... Não mais companheiro, ombros inimigos
Deitar, num verso amigo, sentar ao berço esplêndido
Não mais.. Ah não mais!
Perversa, caricatura de alguém
Anda, conversa! Me diga, noite. Soturne meu luar
Me espete, estrelas d'agua, meus pés foram sujos por seu ventre
Orvalho que descansa, não é o mesmo que alvorece
Palmas que afagam, voam longe das que fingem prece
Morte das almas, não nascem das mesmas que anoitecem
Engula, os que te comem, pois são eles que adormecem
Seu "EU", que um dia era "Ele", que somos todos "Nós", e "Vós", quem sois?
Me perpetue, estapeie a verdade que me entrega
Iluda os devaneios, e me renega
Sãs? Ah Deus não quero mais
Putas soberanas, ruínas mundanas, crentes ciganas...
Me trazem ventos, voltas, luas...
E todos nós, a dois
Faces, me deitem sobre às tuas
E vós, quem sois?

2 comentários:

Unknown disse...

Fantástico o texto, parabéns pelo talento literário e pela sua desfragmentação das palavras que quando unidas formam um testo coeso.
Adorei...

Att,
Diogo Costa.
Élégant Designer

Marcos Pontes disse...

Vle, meu querido!