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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Mulher e o Diabo

No meio do cristal das vidas
Em uma total inércia de loucuras
Esteve aqui, um dia
Por onde se foi? Foste com manto em lágrimas
No velho tempo, desacato inútil, brando desapego
O céu desmaiaria, a lua, em melancolia, a mulher em toda agonia
O Deus e o Diabo, eram sua encosta
Criada sem o mal e o bem, apenas a quem de quem viera
Sentindo a fome, da linha eterna
Abraçada por sua asa, enlaçada por sua calda
Assim, calada, se fazia, a morte
Total! À parte de qualquer alma
Querendo apenas sentimento, seja qual for
Seja o teu benigno ou maligno
Digno ou solícito, do fogo ou do ventre
Oh aurora presente, desague em costas, minhas costas
Carregue o espaço, passo a passo, leve perdido em saturnos
Oh trevas alheias, presente em suas veias
Beirando a perfeição
Ninando o próprio sonho
Sonâmbulo no firmamento
E quando for à chama, volte sem arder
Porque uma vez indo ao lado do inferno
Morrerá sem carne, apenas com seu feto
Em suas mãos, tristes de prazer
E banhada no sangue, de quem lhe fez morrer

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