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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Chuva

Nessa vida o que nos resta
Somos nós, nós mesmos, os outros...
Somos instantes, restantes, soníferos
Eternos insanos, humildes coesos
Pefeitos mundanos, sombras ilesas
Somos o que fazemos, somos o que iremos ser
O presente, estado maior,
é o seu íntimo... Passado, no pretérito ficará
Futuro, o infinito me dirá, o que ser feito
Somos passos retos, bocas entreabertas, e noite estreladas
Almas enluaradas... Somos o esmo ínfimo
Nessa vida, quem não vive
Não pode ter perdão
Porque o perdão é feito para quem merece existir
Merece conviver, merece merecer
Nessa vida, somos o vão do momento
O flutuar do coração, a inércia do pensamento
Nessa vida, somos o caule, as pernas da morte
O pólen, o perfume do amor
Somos todos, somos a poeira da eternidade
O constante até o nunca mais
Somos a chuva que nasce no céu e transpira nos póros de quem nos ama.

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