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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A Janela das Brisas



Entre tantos homens, que estão na terra
Entre a vida que está na morte
Entre água, que verje pele
Entre os ventos, castos, rubram nossa ausência
No porvir de portas, passadas, distantes, até o cair norturno
Voltando entre as portas, magras e abertas... Suas treliças, nuas, explodem
Porões soturnos, encobrem brisas em chamas
A aurora renascendo no poente, voltaria na alvorada do ausente
Minguando a alma carente, iminente do ser
Das janelas da lua ao chão oco de seus braços, estão meus braços
Cavalgando mãos, à suas nádegas, galopando amiúde o meu prazer constante
As faces espelhadas na cama, ardência, loucura, dos passos na rua, na lama...
Na noite, janelas... Me chamas, pra noite, apalpar a lua, umidecer a volúpia de seus ouvidos
Sentir a carne dos seus olhos, sem poder tocar em um só fio de perdão
Sou o ladrão, pulando suas portas, a envolvendo em lenços rudes e correndo para baixo..
De suas mãos, e fechando seus olhos, para que você durma sobre meus olhos
Sem ver minha luxúria, escorrer para a casa restante, traindo os próprios amantes
Que me carregaram até aqui.

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