Páginas

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Drama

Eram as noites... Cale-se, sou eu, noturno
E Chopin exausto, era a sombra das Eras
Beberei seu claustro, azedo, em vez das ervas, termais amadas
Que pousam, na maripousa ternurada, na alegria contemplada
Somos fortes! Disseram os altos fiéis...
Éramos alegria, a rosa enluarada, o amor termal, os frutos do amanhã, o calafrio da loucura
Vivem em orações... Fossemos às quatros, belas estações, da manhã restante
Dos olhar prostrante, do devagar presente, na aldeia da eternidade
Na fonte das olívas, eram nus, os ausentes
Eram amores presentes, vivos na carne
Falando que estavam por la.. Nos eruditos, as palmas ardentes
Escritos no poente, "vós estais contente?"
Sim, sou a pele da sua alma, sou a carne do seu sangue, sou a voz da sua chama
Me debruço na sua solidão e te salvo do abismo, Oh pagão, solidão sem fim...
Me responde, Eurídice, tu és a calma da face soturna do horizonte?
É nas asas das orquídeas, que encontra o velho e o novo
Dança na chuva, seja o orvalho cadente
Na memória, seja eterno, pois não basta ser constante
O amor exige marcas, exige lembranças, exige ser feliz
Eramos o drama, somos vagante, mas que foste chama
Na vida, o amor, não está vivo somente na cama.
E sim no coração de quem se ama.

Nenhum comentário: