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sábado, 7 de janeiro de 2012

Olhar Ausente

São tantos rostos em quem me apego
E tantos são olhos os que renego
Um breve riso, no canto dos olhos
E eu assim, inerte e tolo
Divago em meu altar
Altar de flores em botões
Que desabrocham no raiar das lágrimas
Meu afeto, são as pétalas que acalantam sua páginas
Escritas em solidões inócuas
Porém, ofegantes de loucuras
Somos herdeiros da noites
Somos assim, sem paradeiros
Pareceiros do silêncio
Imóveis, no frio da espinha
E fizemos a doçura transparente
Envoltar todo ausente
Que perspicaz se fez presente
No meu bolso de estar
Me dizem, que posso caminhar
Inútil! Sem meus pés não posso andar
Todavia, minha alma pode levitar
Até o cosmo eloquente e repousar
E as mulheres, feito andorinhas, avoar
Para longe, longe de qualquer olhar
E assim meu "eu", dormir em paz no colo
De qualquer errante que pousar.

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