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quinta-feira, 1 de março de 2012

Riacho das Rosas

Áurea, permanente áurea
Bem distante, radiante a sombra
Os rios, calados, sussurram, alados
E o frio, abraça o lírio, aflige
A serpente, que em "S" se forma
No ar, bem-te-vi, sem existir
Caindo da chuva, na dália
Disfarça, faceira
O botão, que ilude
A rosa, matreira
Nadando e olhando
Os cravos tão pertos, da alma
Em sonhos, grená
Violeta, viola esse ausente
Disfarça, o sorriso semente
Me brota, altiva
Não durma
Foste a lágrima da bruma
Que deserta, acontecendo
Nas pedras, nasceu
Um ventre cardume florido
De pássaros.. Morreu
Sem saber, porque ter vivido.

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