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domingo, 31 de agosto de 2014

O Amor Colhe a Horta

O Amor Colhe a Horta 

Tempo de estar é renascer
O que fica já existiu, sempre existiu
Não temos tempo para passar, o tempo desiste
É fato, matéria do ar
Na rosa que plantemos, nos deixemos
Em forma de amor e ternura
Na forma de alegria, nos fazemos
Numa manhã de sol, numa rua qualquer
Caminhemos até dizer chega...
Chega para eternidade, é nela que o mar sobrevoa
Que nas costas bate e volta em forma de sorriso
Plantemos as alegorias, as riquezas
Colheremos os frutos dos instantes
que nas horas de chuva, fazem falta de si
Amor não existiu, amor permanece como árvore até o fim da vida
Até todas as certezas não existirem mais, até aquele último sol
não compreender porque sobrevive
Nessa terra fofa, que é a matéria da compreensão
Das mãos noturnas sem saber para onde ir, do rio sem mapa
De regar não sabendo se flor haverá
O que fica é o nada e a terra encharcada de incertezas prestes
a florir, frutar, voar... Se não temos tempo de colher
é a saudade que vai ficar, na folha que vai embora, no rastro da certeza
e do vazio que somos nós mesmos.

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